María Corina Machado, de 56 anos, afirmou durante uma coletiva de imprensa que não cometeu nenhum crime ou falha e que não existe nenhuma decisão da Controladoria que a impeça. Ela afirmou ainda que se sente “mais do que habilitada pela opinião pública” e acusou o governo chavista de utilizar as inabilitações como “arma política”. A ex-deputada assegurou que está avaliando a situação dia após dia.
Além disso, a opositora argumentou que o documento que estabelece o “mecanismo” para recorrer contra as inabilitações torna o processo eleitoral mais complexo, em vez de prepará-lo e facilitá-lo. Ela expressou preocupação com o fato de que a medida não demonstra a disposição do governo de Maduro em cumprir as condições que a comunidade internacional exige para que as eleições de 2024 sejam consideradas limpas e competitivas.
A iniciativa de recorrer ao Tribunal Supremo de Justiça foi resultado das negociações realizadas em Barbados entre governistas e opositores, nas quais concordaram em realizar eleições presidenciais no segundo semestre de 2024. No entanto, apesar do avanço nas negociações, a ex-deputada destacou que há muitos elementos que não foram definidos e ressaltou que não tomará uma decisão definitiva até que ocorra o cumprimento dos acordos.
A postura da líder da oposição diante da inabilitação foi acompanhada de perto pelos Estados Unidos, que flexibilizaram suas avaliações contra o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela por seis meses, condicionando tudo à definição de um procedimento que suspenda as inabilitações. Ainda de acordo com Machado, a situação permanece incerta, e ela aguarda avanços concretos para tomar uma decisão final.
Por fim, a opositora destacou que a Karentina deve permanecer, pois o governista que o próximo período eleitoral seja limpo e competitivo de verdade.