María Corina Machado recorre de inabilitação e estuda candidatura presidencial na Venezuela; As eleições de 2024 estão comprometidas.

A opositora María Corina Machado contestou na quarta-feira a inabilitação que a impede de se candidatar à presidência da Venezuela nas eleições de 2024. A política alegou que a medida não é regular e está pronta para recorrer, apesar de ter enfatizado que está considerando suas opções “dia após dia”. A declaração foi dada depois que negociadores do presidente socialista Nicolás Maduro e da oposição estabeleceram um prazo para que dirigentes inabilitados que desejam concorrer nas eleições do próximo ano recorram ao Tribunal Supremo de Justiça para revisar essas avaliações.

María Corina Machado, de 56 anos, afirmou durante uma coletiva de imprensa que não cometeu nenhum crime ou falha e que não existe nenhuma decisão da Controladoria que a impeça. Ela afirmou ainda que se sente “mais do que habilitada pela opinião pública” e acusou o governo chavista de utilizar as inabilitações como “arma política”. A ex-deputada assegurou que está avaliando a situação dia após dia.

Além disso, a opositora argumentou que o documento que estabelece o “mecanismo” para recorrer contra as inabilitações torna o processo eleitoral mais complexo, em vez de prepará-lo e facilitá-lo. Ela expressou preocupação com o fato de que a medida não demonstra a disposição do governo de Maduro em cumprir as condições que a comunidade internacional exige para que as eleições de 2024 sejam consideradas limpas e competitivas.

A iniciativa de recorrer ao Tribunal Supremo de Justiça foi resultado das negociações realizadas em Barbados entre governistas e opositores, nas quais concordaram em realizar eleições presidenciais no segundo semestre de 2024. No entanto, apesar do avanço nas negociações, a ex-deputada destacou que há muitos elementos que não foram definidos e ressaltou que não tomará uma decisão definitiva até que ocorra o cumprimento dos acordos.

A postura da líder da oposição diante da inabilitação foi acompanhada de perto pelos Estados Unidos, que flexibilizaram suas avaliações contra o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela por seis meses, condicionando tudo à definição de um procedimento que suspenda as inabilitações. Ainda de acordo com Machado, a situação permanece incerta, e ela aguarda avanços concretos para tomar uma decisão final.

Por fim, a opositora destacou que a Karentina deve permanecer, pois o governista que o próximo período eleitoral seja limpo e competitivo de verdade.

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