O documento aponta um deslocamento no perfil dos imigrantes que chegaram ao Brasil nesse período. Inicialmente, a maioria das mães eram bolivianas e paraguaias, porém, nos últimos anos, esse cenário mudou e as principais nacionalidades de solicitação de residência são venezuelanas, haitianas, argentinos e colombianos. Segundo a Polícia Federal, em 2022, foram registrados 1,2 milhão de registros de residência de longo termo e temporárias, o que representou um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
Outro ponto de destaque do relatório foi o número de casamentos envolvendo imigrantes no Brasil, que chegou a 66,3 mil. A maioria dos matrimônios registrados foi entre homens imigrantes e mulheres brasileiras.
Além disso, o relatório também abordou a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho formal, que passou de cerca de 90 mil em 2013 para 200 mil em 2022. As principais áreas de atuação dos imigrantes são o setor agronegócio, construção civil e setor de alimentação, o que demonstra a importância desses trabalhadores para a economia do país.
Outro aspecto abordado no relatório foi o número de solicitações de reconhecimento da condição de refugiados apresentado à Polícia Federal. O fluxo migratório de venezuelanos devido à crise humanitária em seu país foi um dos pontos destacados, com mais de 210 mil solicitações de refúgio. Além disso, houve um aumento significativo na participação feminina nessas solicitações, o que evidencia a necessidade de políticas específicas para atender às demandas das mulheres imigrantes.
Portanto, o relatório apresentado durante o seminário promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública trouxe dados relevantes sobre o impacto das migrações internacionais no Brasil, demonstrando a importância de políticas públicas que atendam às necessidades dos imigrantes e reflitam a realidade desses novos habitantes do país.
