A proposta de usar navios como prisões tem como objetivo separar os presos mais perigosos de suas facções criminosas, visando reduzir a violência no sistema penitenciário do país. Esse é um grande desafio para o presidente, uma vez que a violência carcerária tem sido um problema crescente no Equador, com 460 presos mortos em meio a duros massacres desde fevereiro de 2021.
Noboa afirmou que a medida de usar navios-prisão é provisória, e visa isolar presos considerados ameaças reais para a segurança cidadã e nacional, até que novas prisões de segurança máxima e supermáxima sejam construídas. Ele também mencionou a cooperação israelense no desenho das prisões, que seguirão um modelo pré-existente, já adotado em outros países como El Salvador, Tailândia e Singapura.
Além disso, Noboa também enfrenta o desafio de combater a crescente onda de violência relacionada ao aumento do narcotráfico e ao flagelo de facções criminosas envolvidas em sequestro, extorsão e assassinato. O presidente afirmou ter recebido um pedido de acordo de paz por parte de uma dessas facções, mas não deu mais detalhes.
Especialistas avaliam que o Equador fechará o ano de 2024 com 40 homicídios a cada 100.000 habitantes, um quadro preocupante que cresceu exponencialmente nos últimos anos. Entre 2018 e 2022, os homicídios quadruplicaram, atingindo o recorde de 26 a cada 100.000 habitantes.
Esses desafios representam um grande obstáculo para Daniel Noboa em seu governo, que busca implementar medidas eficazes e emergenciais para lidar com a grave crise carcerária e a crescente onda de violência no país.