O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado e afeta principalmente cavalos, mas também pode infectar outros mamíferos, incluindo humanos. Até o momento, não houve relatos da doença em humanos no Uruguai, mas os sintomas incluem febre alta, fortes dores de cabeça, fraqueza muscular e convulsões, podendo ser fatal.
Jorge Viera, vice-diretor da Direção Geral de Serviços Pecuários do MGAP, afirmou que esta é a primeira vez que o WEE é detectado em animais no Uruguai. No entanto, a preocupação com a proliferação de mosquitos, agravada pelas cheias que afetam o norte do país há mais de 45 dias, é uma realidade que as autoridades estão enfrentando. Diante disso, há um apelo para que a população utilize repelente e roupas que evitem as picadas dos insetos.
As vacinas existentes para cavalos prevenem apenas as variantes ocidental e oriental do vírus, deixando a variante venezuelana, mais forte das três, sem prevenção. A maioria dos casos foi notificada na fronteira com a Argentina, que declarou emergência sanitária devido a surtos no centro e nordeste do país, mas também houve casos isolados no sul e centro do Uruguai.
Em relação à população de cavalos de esporte, a maioria dos animais já está vacinada. O custo da imunização varia de R$ 22 a R$ 28 e deve ser aplicado anualmente, porém, as vacinas não impedem a circulação do vírus, que é transmitido por diversas espécies de mosquitos.
Diante desse panorama, os técnicos do MGAP estão monitorando a evolução da doença e adotando medidas preventivas para conter a propagação do vírus. A população de cavalos, estimada em quase 400 mil animais, é alvo desse monitoramento, com o intuito de minimizar os impactos da doença no país. A situação permanece sob observação das autoridades competentes, que prometem atuar de forma rápida e eficaz para manter a segurança e a saúde dos animais e da população em geral.