O estudo, publicado na revista Science, foi realizado por um grupo de 80 pesquisadores internacionais de 16 países e traçou os níveis de CO2 desde 66 milhões de anos antes de Cristo até os dias atuais com extrema precisão, revelando a gravidade da situação.
De acordo com os resultados obtidos, a concentração atual de CO2 na atmosfera, estimada em cerca de 420 partes por milhão (ppm), é comparável aos níveis registrados entre 14 e 16 milhões de anos atrás. Essa constatação vai além das estimativas anteriores, que indicavam que esses níveis remontavam há apenas três a cinco milhões de anos.
Os impactos dessa elevação nos níveis de dióxido de carbono são imprevisíveis, especialmente levando em consideração que a humanidade nunca experimentou um clima semelhante. O aumento das temperaturas decorrente das atividades humanas já trouxe um acréscimo de cerca de 1,2°C, e as projeções pessimistas apontam para um potencial aumento para 600 ou 800 ppm.
Os resultados do estudo confirmam a urgência de ações concretas para frear o avanço descontrolado das emissões de CO2. Caso esse cenário não seja revertido, as consequências podem ser altamente desfavoráveis, incluindo o derretimento das calotas polares e um acréscimo significativo nas temperaturas globais.
Esse consenso científico sobre o alarmante aumento do dióxido de carbono na atmosfera reforça a necessidade de uma revisão nas políticas ambientais e a implementação de ações efetivas para mitigar as emissões de gases do efeito estufa.
O estudo também ressalta a importância de iniciativas para capturar o dióxido de carbono da atmosfera e interromper as emissões o mais rapidamente possível, a fim de evitar futuras catástrofes ambientais. As implicações desse cenário são sérias e exigem uma resposta urgente e coordenada por parte de governos, empresas e da sociedade como um todo.