O Instituto Comemorativo Gorgas de Estudos para a Saúde foi responsável por detectar o caso do vírus de encefalite equina venezuelana na área de Marragantí, em Darién, que fica a cerca de 250 km da capital panamenha. O paciente masculino de 20 anos apresentou sintomas desde 1º de dezembro, incluindo fraqueza, diarreia, vômito, febre e calafrios. O laboratório confirmou que se tratava do vírus de encefalite equina venezuelana.
O vírus do gênero Alphavirus, também conhecido como encefalomielite, foi isolado pela primeira vez em 1938 na Venezuela e já foram registrados casos em vários países americanos. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), surtos do vírus afetam equinos e humanos periodicamente no continente.
Além da variedade venezuelana, a mais forte, há ainda as encefalites equinas do leste e do oeste, todas encontradas no continente americano. Recentemente, a Argentina e o Uruguai também enfrentaram surtos do vírus em cavalos, com a confirmação de casos em equinos.
A preocupação com a detecção do vírus na selva de Darién se deve ao fato de a região ser um corredor para migrantes que estão tentando cruzar a América Central e México para chegar aos Estados Unidos. Mais de meio milhão de migrantes já cruzaram este ano a floresta inóspita, enfrentando obstáculos naturais e gangues que atuam na região.
Com a confirmação do caso de encefalite equina venezuelana, as autoridades panamenhas estão tomando medidas para controlar a disseminação do vírus em Darién e proteger a população local. A situação desencadeou preocupações sobre a propagação do vírus em uma região vulnerável e subdesenvolvida, que já enfrenta desafios significativos de segurança e saúde.
O vírus da encefalite equina é considerado uma ameaça para a saúde pública, e as autoridades locais e regionais estão trabalhando para conter a propagação e proteger os habitantes da região de Darién, bem como os migrantes que atravessam a selva em busca de uma vida melhor.
