A presidência será compartilhada com o Banco Europeu de Investimentos (BEI), e os membros do clube são principalmente do G20, que reúne as maiores economias mundiais, a União Europeia e a União Africana.
A formalização da presidência do BNDES ocorreu durante um encontro do D20 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, paralelamente à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28). O banco brasileiro foi eleito por unanimidade, em um momento crucial, conforme declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O D20 é um espaço relevante para estratégias capazes de enfrentar a crise climática, que ele descreveu como “dramática”.
Os financiamentos de longo prazo oferecem vantagens significativas, pois as condições para os tomadores de dinheiro são mais estáveis, o que os torna menos vulneráveis a volatilidades em períodos de crise. De acordo com Mercadante, a transição energética e a descarbonização da indústria deveriam ser prioridades no atual cenário.
Durante o mandato de dois anos, será liderada uma agenda de trabalho que visa articular setores público e privado para investimentos em infraestrutura e desenvolvimento de projetos que acelerem a transição para cidades inteligentes e sustentáveis. Além disso, serão realizados seminários e conferências para discutir iniciativas de mobilização de fundos e estruturação de ferramentas financeiras inovadoras para o desenvolvimento urbano.
A presidência do BNDES no D20 coincide com a presidência do Brasil no G20, que terá seu término em novembro de 2024. Durante esse período, o Brasil sediará a Cúpula do G20 em novembro do ano que vem, juntamente com o encontro anual do D20. Além disso, estão previstas ações em conjunto com a Finance in Common (Fics), rede mundial de bancos públicos de desenvolvimento.
Um dos desafios durante o turno do Brasil na presidência do G20 é a forma de financiamento de bancos internacionais, como declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a reunião de cúpula do Mercosul. Ele criticou a atuação de algumas instituições financeiras, defendendo que o sistema do FMI e do Banco Mundial precisa mudar sua característica para levar em conta a situação de cada país.
Dessa forma, o BNDES assume um papel de grande relevância nessa conjuntura internacional, liderando discussões e iniciativas para promover investimentos em projetos de longo prazo e sustentáveis em parceria com instituições internacionais.