Conselho de Segurança da ONU é criticado por “inação” frente ao massacre em Gaza, denuncia ONG Médicos Sem Fronteiras.

O Conselho de Segurança da ONU tem sido fortemente criticado pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que o acusou de se tornar cúmplice do massacre em Gaza devido à sua inação. A declaração foi dada nesta sexta-feira e ressalta o descaso da ONU em relação à guerra que assola a região há mais de dois meses, onde Israel e o movimento islamista Hamas estão em uma disputa sangrenta.

O Conselho de Segurança começou a discutir, por iniciativa do secretário-geral da ONU, António Guterres, o apelo a um cessar-fogo humanitário em Gaza, mas os Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes com poder de veto na ONU, indicaram que não apoiariam a moção. Eles justificaram sua posição afirmando que um cessar-fogo imediato “plantaria as sementes de uma guerra futura”, já que, segundo o embaixador adjunto dos EUA na ONU, o movimento Hamas “não deseja uma paz duradoura”.

Enquanto isso, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder em Gaza, após uma incursão de milicianos islamistas que resultou em 1.200 mortes e cerca de 240 sequestros, segundo o balanço israelense. Desde então, Israel lançou ataques aéreos e operações terrestres na Faixa de Gaza, atingindo quase 17.500 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

Além dos ataques, Israel também impôs um cerco praticamente total à Faixa de Gaza, ocasionando escassez de água, alimentos, medicamentos e eletricidade neste território que abriga quase 2,4 milhões de habitantes.

Diante desse cenário, a posição dos Estados Unidos e a inação da ONU foram duramente criticadas pela MSF, que denuncia o Conselho de Segurança e seus membros, especialmente os EUA, como cúmplices do massacre em curso. A entidade afirma que a falta de ação do Conselho e os vetos de seus membros o tornam responsável pelo que está acontecendo em Gaza. Enquanto a ONU tenta negociar um cessar-fogo, a guerra continua a causar mortes e sofrimento na região.

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