Os resultados obtidos com as respostas de 3.266 pessoas no primeiro estudo e de 60.141 no segundo levaram os especialistas a concluir que aqueles que tiveram interações momentâneas ou conversas com estranhos relataram níveis mais elevados de satisfação com a vida ou felicidade em comparação com aqueles que se mantiveram isolados e evitaram interagir com pessoas desconhecidas.
Segundo os pesquisadores, interagir regularmente com estranhos pode levar as pessoas a se sentirem parte de uma comunidade, aumentando sua sensação de aceitação e pertencimento. Isso pode ser um antídoto contra a solidão, problema que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente apontou como um grave problema de saúde pública, comparável ao impacto de fumar 15 cigarros por dia.
De fato, a falta de companhia pode ser prejudicial à saúde, podendo levar a riscos de morte. Uma revisão científica de 2015 estimou que a solidão, o isolamento social e morar sozinho podem aumentar o risco de morte em 26%, 29% e 30%, respectivamente.
Essa pesquisa ressalta a importância de interações sociais e demonstra como pequenas ações, como cumprimentar um estranho na rua, podem contribuir para o bem-estar e a satisfação com a vida. Além disso, ela levanta a questão sobre as consequências nocivas da solidão, destacando a importância de promover vínculos sociais saudáveis para a saúde mental e emocional das pessoas.
Portanto, diante dessas evidências, é fundamental repensar a forma como nos relacionamos uns com os outros e valorizar a importância das interações sociais e comunitárias em nosso dia a dia. Buscar oportunidades para ampliar as conexões com os outros pode ser um importante passo rumo a uma vida mais satisfatória e feliz.