Segundo a investigação, os funcionários teriam trabalhado apenas parcialmente ou exclusivamente para o partido, resultando em uma economia significativa de dinheiro. O Parlamento Europeu estima que o prejuízo tenha sido de 6,8 bilhões de euros entre 2009 e 2017 devido a esse esquema.
O advogado de Marine Le Pen, Rodolphe Bosselut, afirmou que a decisão da Justiça não foi surpreendente e que sua cliente sempre negou quaisquer infrações. A primeira audiência para organizar o julgamento está marcada para 27 de março, com as datas estabelecidas para outubro e novembro de 2024, de acordo com o Ministério Público de Paris.
Além de Marine Le Pen, seu pai, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional (agora renomeado RN), o prefeito de Perpignan, Louis Aliot, o porta-voz do partido, Julien Odoul, entre outros, também estarão no banco dos réus.
Ao todo, 11 dos acusados são eurodeputados, 12 trabalharam como assistentes parlamentares e quatro foram colaboradores da extrema direita, incluindo integrantes da própria formação do partido.
O julgamento está previsto para ocorrer meses após as eleições para o Parlamento Europeu, em um momento em que o partido de Le Pen lidera as pesquisas eleitorais na França. Essa é mais uma polêmica envolvendo Marine Le Pen e seu partido, e o desfecho desse caso certamente repercutirá na política francesa e europeia.
Por ora, as alegações feitas contra a líder da extrema direita e seu partido continuam sob análise da Justiça, e o desenrolar deste caso promete ser acompanhado de perto pela comunidade internacional.