O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com os líderes da Argentina, Paraguai e Uruguai, concordaram com a preocupação demonstrada no documento em relação aos modelos de negócios em ambientes digitais que visam aumentar receitas com publicidade e resultados empresariais, mesmo que isso signifique recomendar e replicar informações distorcidas, falsas e discursos de ódio. Isso contribui significativamente para a polarização ideológica na sociedade e pode afetar particularmente pessoas ou comunidades em situação de vulnerabilidade.
Além disso, os presidentes ressaltaram a importância do respeito ao direito à privacidade dos dados dos usuários em plataformas digitais e a necessidade do desenvolvimento de modelos de negócios alternativos que não moneticem esses dados. Eles também destacaram a importância da extensão das mesmas leis, regulamentos e direitos que regem o mundo físico para o digital, incluindo liberdade de expressão, imprensa, privacidade e proteção de informações pessoais.
Outra questão levantada no documento é a necessidade de transparência por parte das plataformas digitais em relação aos critérios que fundamentam a programação algorítmica, sistemas de recomendação e moderação de conteúdo, visando proporcionar um ambiente mais claro para a pesquisa sobre o impacto dos discursos de ódio em ambientes digitais.
Os presidentes também apontaram suas preocupações em relação à inteligência artificial, destacando a necessidade de lidar com a desinformação e a apologia à violência. Eles enfatizaram que esses problemas representam uma ameaça à coesão social, aos valores democráticos, aos direitos humanos, ao conhecimento científico e à confiança no jornalismo, citando casos como os fenômenos climáticos e a pandemia do coronavírus como exemplos em que o debate público foi prejudicado.
Por fim, os líderes reconheceram a importância de promover ações para formar cidadanias digitais, especialmente entre crianças e adolescentes, preparando-as para se desenvolver de maneira segura nos ambientes digitais. A assinatura da declaração representa um esforço conjunto para proteger os valores democráticos e garantir a integridade da informação no ambiente digital.