Alto Comissário da ONU Critica Tentativas de Minar Resultado das Eleições na Guatemala e Pede Respeito à Vontade dos Eleitores

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou as tentativas “persistentes e sistemáticas” de minar o resultado das eleições presidenciais na Guatemala, que ele considera uma ameaça à democracia no país. As declarações feitas por Türk foram em relação à situação enfrentada pelo presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, que tem enfrentado obstáculos legais que visam impedir a sua posse e contestar o resultado das eleições.

Arévalo, que está programado para assumir o cargo em 14 de janeiro, tem sido alvo de uma forte pressão judicial desde a sua vitória no segundo turno das eleições em agosto. Neste sentido, a promotora Leonor Morales anunciou na última sexta-feira que as eleições seriam consideradas “nulas” devido a supostas irregularidades administrativas no primeiro turno em junho, o que gerou uma nova onda de críticas por parte de Arévalo, que descreveu a situação como um “ataque à democracia guatemalteca”.

O alto comissário da ONU expressou sua preocupação com as “tentativas persistentes e sistemáticas da Procuradoria-Geral da Guatemala de minar os resultados das eleições gerais, ignorando a vontade dos eleitos”. Em seu comunicado, ele fez um apelo às autoridades competentes, incluindo o atual presidente, pedindo que tomem medidas para preservar o Estado de Direito e garantir o respeito ao resultado eleitoral e à vontade da maioria do povo.

Volker Türk também enfatizou que o assédio judicial e a intimidação contra funcionários eleitorais e políticos eleitos são inaceitáveis. Ele destacou a importância de preservar a democracia e o respeito pelos direitos humanos, apesar das ações judiciais e políticas que visam prejudicar a integridade do processo eleitoral e violar a democracia.

Apesar da longa disputa judicial e das tentativas de minar a vontade política do povo guatemalteco, as autoridades eleitorais do país reiteraram na sexta-feira que os resultados das eleições são “inalteráveis”. Nesse sentido, Türk declarou que é encorajador ver a população defender seus direitos e se opor ao que consideram um ataque à sua vontade política.

Essa situação na Guatemala é vista como um verdadeiro teste para a democracia e os direitos humanos no país. As eleições presidenciais, que já foram alvo de questionamentos e tentativas de anulação, colocam em xeque a estabilidade política na nação centro-americana. A comunidade internacional tem acompanhado de perto esses acontecimentos e espera que as autoridades competentes ajam de acordo com os princípios democráticos e os direitos fundamentais dos cidadãos guatemaltecos.

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