De acordo com o deputado, o IPA prevê gastar mais de R$ 1,6 milhão em dois eventos, sendo o primeiro deles a Feira Integrada de Produtos da Agricultura Familiar (Fipagri) e o segundo, uma confraternização realizada em um hotel em Gravatá, entre os dias 12 e 13 de dezembro. Borges ressaltou que o alto custo desses eventos é desproporcional em relação às atividades do Instituto e questionou a transparência nas contratações e valores gastos.
Além disso, o parlamentar vai encaminhar um Pedido de Acesso à Informação ao presidente do IPA e à governadora Raquel Lyra, a fim de esclarecer questões relacionadas aos gastos e contratações dos eventos. Borges destacou que o desfalque financeiro impacta diretamente nos recursos para os servidores do órgão, prejudicando a realização de pesquisas importantes e o fornecimento de assistência técnica, além de afetar a produtividade das sementes e a renda de agricultores familiares.
O deputado ainda criticou a inexigibilidade de licitação para a contratação de um hotel para a confraternização, alegando que a desculpa de uma reunião de análise e fechamento do exercício de 2023 e planejamento para 2024 é apenas um pretexto para uma grande celebração, o que demonstra desrespeito aos profissionais e uma gestão deficitária do IPA.
Para Borges, a atual gestão do IPA parece priorizar grandes eventos com altos custos, ao invés de buscar soluções para a grave situação financeira em que se encontra o órgão. O deputado irá acionar o Tribunal de Contas e o Ministério Público Estadual para investigar os gastos e a falta de respeito com os profissionais do Instituto.
Com isso, a situação do IPA torna-se ainda mais delicada e merece atenção das autoridades e da sociedade para que medidas de correção possam ser tomadas visando à recuperação e a boa gestão dos recursos financeiros do órgão.
Ida Comber
