Gleisi Hoffmann alerta para queda de popularidade de Lula e comparação com impeachment de Dilma em evento do PT.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), fez um alerta preocupante para seus correligionários quanto à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita durante a Conferência Eleitoral de 2024 do PT, em Brasília, neste sábado.

Gleisi destacou a importância de manter a aprovação de Lula em alta, enfatizando que o Congresso Nacional poderia “engolir” o governo caso haja uma queda na popularidade do presidente, fazendo uma alusão ao processo de impeachment que resultou na saída da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

A líder do PT ressaltou a necessidade de recursos e o crescimento econômico como metas para o partido. Ela também enfatizou que, caso haja um declínio na popularidade de Lula, o Congresso Nacional poderia tomar atitudes semelhantes às tomadas contra Dilma. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, corroborou a preocupação de Gleisi, reconhecendo os desafios que o governo enfrenta para aprovar medidas cruciais no Congresso, visando a melhora da economia do país.

A preocupação em torno da popularidade de Lula é justificável, uma vez que uma pesquisa recente do Ipec apontou que 38% dos entrevistados avaliaram o governo como “ótimo ou bom”, enquanto os que consideraram o governo como “regular” e “ruim ou péssimo” empataram em 30%. Esses números demonstram que o governo Lula está em um momento crucial, no qual a aprovação dos eleitores pode impactar significativamente o desempenho político do presidente.

Além disso, na mesma conferência, o Partido dos Trabalhadores aprovou uma resolução com críticas ao Centrão, grupo de partidos aliados ao governo, que tem causado polêmica recentemente. Haddad admitiu a dificuldade em avançar com a agenda econômica no Congresso, especialmente em relação a um pacote de medidas para aumentar a arrecadação e promover o ajuste fiscal do país.

Vale ressaltar que a equipe econômica do governo tem uma projeção oficial de 3% para o crescimento do PIB, mas o resultado do terceiro trimestre do ano foi considerado “fraco” por Haddad. Esses desafios, juntamente com a pressão política, evidenciam a importância da manutenção da popularidade do presidente Lula para o sucesso de seu governo.

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