Durante sua participação, Haddad não poupou críticas quanto à postura do Congresso, afirmando que não há uma base progressista no órgão e que a diretoria do Banco Central é muito rígida, o que tem impactado diretamente nas decisões sobre a taxa básica de juros.
“Nós não temos uma base progressista no Congresso. Não estou falando mal ou bem, é um fato. Não temos uma diretoria mais arejada no Banco Central, é uma diretoria muito durona. Começaram a baixar a taxa de juros só em agosto. E nós temos que trabalhar com o contexto político que temos”, declarou o ministro.
Além disso, Haddad também criticou os chamados “jabutis”, que são privilégios fiscais concedidos a alguns setores econômicos ou grandes empresas. Ele ressaltou que o Congresso tem resistido à agenda de desenvolvimento, que inclui a eliminação desses privilégios.
As declarações do ministro da Fazenda geraram repercussão no evento, bem como nos bastidores políticos. A análise crítica do atual contexto econômico e político do país trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pelo governo para implementar medidas de ajuste fiscal e promover a recuperação econômica.
Diante disso, a postura do ministro e as discussões ocorridas na Conferência Eleitoral do PT geraram expectativas sobre os próximos passos do governo Lula e as estratégias que serão adotadas para superar os obstáculos político-econômicos.