Nicolás Maduro busca paz e entendimento com a Guiana e declara que empresas petroleiras terão que negociar com Caracas.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou neste fim de semana o desejo de paz e entendimento com o país vizinho, Guiana, em meio à escalada de tensões na fronteira entre os dois países. Esta declaração foi feita em meio à realização do referendo sobre a região de Essequibo, que tem gerado controvérsias entre as nações. Maduro destacou o Acordo de Genebra como o meio correto para solucionar a disputa e declarou que tanto o governo de Georgetown quanto as empresas petroleiras que mantêm negócios com a Guiana terão que negociar com Caracas.

O líder venezuelano utilizou sua conta em uma rede social para expressar sua posição e afirmou que Guiana e a Exxon Mobil terão que dialogar com o governo de seu país. A escalada de tensões gerada por Caracas com relação à região e a realização do referendo causaram instabilidade no Norte do continente. O Brasil, diante deste cenário, chegou a reforçar a presença militar na tríplice fronteira, posicionando homens e blindados em Roraima.

Especialistas apontam que a movimentação de Maduro está relacionada a questões internas da política venezuelana, mas também há um interesse na Guiana devido às grandes reservas de petróleo descobertas no país. A descoberta levou a Guiana a experimentar um grande boom econômico per capita no mundo. Empresas como a Exxon Mobil, Chevron e a chinesa CNOOC têm mantido negócios na região e despertado a atenção de Maduro.

Diante desse cenário, Nicolás Maduro assinou decretos sobre a região do Essequibo, determinando a criação de um setor dentro da empresa estatal de petróleo, PDVSA, para distribuir licenças e criar estratégias de exploração do novo mar territorial. Ainda não está claro como a Venezuela tomaria medidas efetivas para interromper as operações da Exxon Mobil na região. A questão da disputa territorial entre Venezuela e Guiana permanece em aberto, mas as tensões têm despertado a atenção da comunidade internacional.

Esse tema é muito relevante para a geopolítica mundial e as relações internacionais, e será necessário acompanhar de perto as novas desenvolvimentos desse impasse entre Venezuela e Guiana.

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