Aliança de Israel condena antissemitismo em universidades americanas e alerta para consequências desastrosas se a situação não for corrigida imediatamente.

Em entrevista à AFP no instituto internacional Yad Vashem, em Jerusalém, o presidente do memorial da Shoah de Israel, Dani Dayan, fez uma declaração impactante sobre o antissemitismo nas universidades americanas. Ele comparou esse fenômeno a um “processo canceroso” que poderá “arruinar” o ensino superior nos Estados Unidos se medidas não forem tomadas urgentemente.

De acordo com as palavras do presidente do memorial, desde os ataques do Hamas contra Israel e a subsequente retaliação de Israel, as universidades da Costa Leste, como Harvard, UPenn e Columbia, viram o antissemitismo ter um papel mais proeminente em suas instituições.

Dayan destacou a renúncia da presidente da UPenn, Elizabeth Magill, após uma audiência no Congresso em Washington, na qual ela foi duramente criticada. A situação ficou ainda mais preocupante quando a parlamentar republicana Elise Stefanik levou ao conhecimento do público os apelos dos estudantes por uma “intifada” palestina, que foram reinterpretados como uma exortação por “um genocídio contra os judeus em Israel e no mundo”.

Essa problemática foi abordada também em relação à presidente da UPenn, que foi censurada por ter realizado um festival de literatura palestina que contou com a participação de “notórios antissemitas”. Isso evidencia uma inversão de valores dentro dessas instituições de ensino, onde o antissemitismo tem espaço e voz, em detrimento de uma convivência pacífica e democrática.

A situação é tão alarmante que o próprio Congresso abriu uma investigação parlamentar sobre o que chamou de “antissemitismo endêmico” nos campi universitários dos Estados Unidos. O chefe do fundo de investimentos Apollo Global Management, Marc Rowan, um importante doador da UPenn, avaliou esse cenário de modo igualmente preocupante.

Segundo Dani Dayan, é extremamente alarmante que o epicentro do antissemitismo nos Estados Unidos esteja localizado no ambiente acadêmico, especialmente nas instituições mais elitistas que deveriam preparar os futuros líderes do país.

Portanto, é urgente que as medidas necessárias sejam tomadas para combater esse problema crescente e garantir que as universidades americanas ofereçam um ambiente seguro e respeitoso para todos os seus estudantes, independente de sua origem ou crença religiosa.

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