Apesar do descontentamento com a crise econômica que assola o país, poucas surpresas são esperadas nas eleições, com a reeleição de Sissi sendo fortemente especulada. A repressão à oposição ao longo dos anos garantiu que os opositores mais proeminentes ficassem fora da disputa, abrindo caminho para mais um mandato de Sissi.
A situação econômica do Egito não é das melhores, com a inflação acima de 40% e uma drástica desvalorização da moeda, que encareceu os produtos importados, deixando a população em situação delicada. Diante disso, o foco dos eleitores está voltado para a recuperação econômica do país.
A situação das eleições se somou à grave crise econômica que assola o país, com a moeda perdendo metade de seu valor em pouco tempo. Além disso, o Fundo Monetário Internacional impôs uma série de condições para um empréstimo que busca reanimar a economia, o que tem gerado apreensão na população.
Cerca de 67 milhões de pessoas estão aptas a votar nestas eleições, e os resultados serão anunciados no dia 18 de dezembro. As primeiras horas de votação foram marcadas por um grande número de cidadãos, especialmente mulheres, comparecendo aos locais de votação. A presença das forças de segurança em vários pontos do país também foi observada por jornalistas.
A campanha eleitoral teve uma participação limitada da população, com o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza dominando a cobertura midiática no Egito. Entretanto, o interesse público parece estar mais focado na recuperação econômica do país do que nas eleições em si. Com a participação eleitoral sendo alvo de atenção, a expectativa é de que os resultados finais confirmem a reeleição de Sissi.
Em resumo, as eleições presidenciais no Egito trouxeram uma série de desafios, incluindo a grave crise econômica e a incerteza em relação à reeleição de Sissi. A população aguarda os desdobramentos do pleito, atenta aos rumos que o país poderá tomar nos próximos anos.