Ultraliberal e polêmico, Javier Milei se torna presidente da Argentina após eleições acirradas; saiba mais sobre sua trajetória

O ultradireitista Javier Milei, eleito presidente da Argentina, assumiu o comando da nação no domingo (10). Economista formado na pouco prestigiada Universidade de Belgrano, Milei vem de uma família de classe média e revelou que sofreu abusos por parte do pai.

De acordo com relatos, Milei chegou a dizer no passado que, para ele, seus “progenitores” estavam “mortos”. Seu principal vínculo é com sua irmã Karina, chefe de sua campanha e principal assessora, que já foi comparada a Moisés por ele. Além disso, os cachorros, vivos e mortos, são muito importantes para Milei, que dedicou o resultado das primárias de agosto “aos filhos de quatro patas”.

Milei é descrito como uma pessoa solitária, com poucos amigos, que construiu um partido político do zero, alcançando um sucesso muito maior do que muitos que o conheciam imaginavam.

O presidente eleito era economista-chefe da Corporação América, responsável, entre outras empresas, pela administração da Aeroportos Argentina 2000, popularmente conhecida como CODA. Em 2015 decidiu levar suas teorias econômicas libertárias aos canais de TV locais com o objetivo de se tornar conhecido. Rapidamente, suas aparições levaram a convites para outros programas, transformando-o em uma figura midiática relevante no país.

Com ideias disruptivas, como a de eliminar o Banco Central, e um estilo intempestivo e visual marcante, Milei chamava a atenção na televisão. Até que, em 2021, eleito deputado pelo partido que fundou, A Liberdade Avança, passou a dedicar sua vida à política.

Outro ponto importante em sua história é a relação com a rede global de extrema direita. Milei soube surfar na onda de figurar como Jair Bolsonaro e Donald Trump, se instalando com sucesso na política argentina.

O economista, sem apoio explícito de governadores e prefeitos, conseguiu ser eleito com uma expressiva votação. Esta surge em um momento de grande instabilidade econômica e de insatisfação popular na Argentina, atraindo principalmente os mais jovens, que formam a base de sua militância mais radical.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo