O resgate foi feito em meio a uma série de dificuldades, já que Israel negou a saída de 24 pessoas que estavam na lista de brasileiros e familiares interessados em vir para o Brasil. Sete dessas pessoas tinham nacionalidade brasileira. Por conta desses vetos, algumas pessoas desistiram de deixar a Faixa de Gaza, enquanto outras foram separadas de suas famílias.
Além disso, uma brasileira de 50 anos e sua filha de 12 anos haviam desistido de sair no mês passado, mas tentaram entrar na lista desta segunda leva junto com o pai da menina, de 69 anos. No entanto, apenas a jovem foi autorizada a cruzar a fronteira desta vez. No total, mais de 10 mil pessoas de cerca de 60 países já foram autorizadas a sair de Gaza pela fronteira com o Egito.
A operação de resgate ocorre em meio a uma crise no Oriente Médio desencadeada por um ataque terrorista do Hamas, que resultou na morte e no sequestro de 1,2 mil israelenses. Somente no dia 24 de outubro, o Egito abriu a fronteira para que caminhões com alimentos, água, remédios e outros itens de primeira necessidade entrassem em Gaza e estrangeiros pudessem sair do local.
No entanto, no Brasil, o resgate foi motivo de tensão para as autoridades, já que várias listas com estrangeiros foram autorizadas, mas nenhuma delas incluía brasileiros. Nesta segunda rodada da operação, nacionais que não quiseram entrar na primeira leva se arrependeram, bem como mães, pais e outros parentes. A chegada desses brasileiros é um alívio para suas famílias e encerra um longo período de incerteza e preocupação.