INPI comemora 53 anos lançando projeto de recuperação e preservação de patentes históricas do Brasil.

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) completa 53 anos de existência e lança projeto para recuperação e preservação de patentes históricas

No dia 11 de outubro, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) celebrou seu aniversário de 53 anos e inaugurou o projeto Memória da Propriedade Industrial – Patentes Históricas. Esse projeto tem como objetivo recuperar e preservar o acervo histórico de patentes do Brasil.

O projeto envolveu o tratamento, digitalização, indexação e disponibilização de aproximadamente 3,2 mil documentos referentes ao período de 1895 a 1929. Esses materiais foram catalogados em um banco de dados aberto ao público, com o intuito de tornar mais acessível a história das patentes do Brasil. Além disso, um livro digital intitulado “As invenções no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes” também foi lançado como parte das comemorações do INPI.

A pesquisadora em Propriedade Industrial do INPI, Flávia Romano Villa Verde, explicou que parte do acervo estudado não pertencia originalmente ao Instituto, e sim ao Arquivo Nacional. Esses documentos, que não haviam sido catalogados ou tratados, foram doados ao INPI, que selecionou os mais relevantes do ponto de vista histórico para serem incluídos no projeto.

Entre as descobertas feitas a partir desses documentos, destacam-se patentes de figuras renomadas como o empresário norte-americano Henry Ford, conhecido por revolucionar a indústria automobilística com a linha de montagem fordista. Além disso, foram encontradas patentes de Vital Brazil, renomado médico e pesquisador responsável pelo desenvolvimento do soro antiofídico.

Uma curiosidade interessante é que o acervo também contém patentes concedidas a mulheres inventoras, incluindo a princesa inglesa Anne de Löwenstein-Wertheim e a aristocrata portuguesa Hilda de Almeida Brandão Rodrigues Miranda. Essas inventoras contribuíram de maneira significativa para diversas áreas, desde a saúde até inovações em máquinas e equipamentos.

Flávia ressaltou que muitos desses documentos estavam em condições frágeis e, por isso, não eram disponibilizados para manuseio. No entanto, com o projeto de recuperação e preservação, o INPI conseguiu disponibilizar as imagens desses documentos, juntamente com todo o tratamento arquivístico necessário. Assim, o banco de dados está aberto para consulta pública, permitindo que qualquer pessoa possa acessar as informações contidas nas patentes históricas do Brasil.

O INPI pretende expandir o projeto para incluir documentos anteriores à fundação do Instituto e formar um grupo de trabalho dedicado à disponibilização de patentes anteriores a 1971. Essa iniciativa visa preservar a rica história das inovações e descobertas no Brasil e torná-la acessível a todos que se interessem pelo tema.

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