Repórter Recife – PE – Brasil

Manifesto de 700 professores da Universidade de Harvard pede resistência a pressões políticas e apoio à presidente Claudine Gay

No último pronunciamento oficial da últma na sexta-feira, a presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, vem enfrentando uma crescente pressão ideológica do corpo docente e da sociedade ao presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, que veio a público na última semana.

Até o presente momento, foram cerca de 700 professores que já assinaram um manifesto em defesa de Claudine Gay, contudo, pedindo que não haja futuras interferências políticas por todos aquelas que discordam das posições ideológicas da presidente da Universidade de Harvard.

O manifesto em questão foi apresentado à Corporação de Harvard, e nele, os professores afirmaram que “a proteção crucial de uma cultura de pensamento livre em nossa comunidade diversa é impossível se permitirmos que seja ditada por forças externas”. O manifesto foi destaque em inúmeros veículos midiáticos, incluindo as principais agências de notícias dos Estados Unidos. Segundo levantamento de agências de notícias, é possível perceber que os 700 professores que assinaram o manifesto representavam mais de 70 universidades do país.

Os apoiadores de Gay alegam que os vetores externos que buscam pressionar a demissão da reitora estão motivados por interesses eminentemente políticos, ideológicos e partidários, com o claro objetivo de purgar os que não estão alinhados com esses interesses no ambiente acadêmico. De acordo com esses mesmos apoiadores, a independência universitária e a liberdade de expressão estão sob ameaça por grupos cujos métodos têm características totalitárias.

Todavia, os críticos de Claudine Gay, incluindo nomes expressivos do universo político e acadêmico dos Estados Unidos, afirmam que a mesma não teve uma postura clara e enérgica diante de episódios que envolvem discursos antissemitas e pró-palestinos.

Mostrando-se parcialmente diferente dos outros jornais que apenas expõem a manifestação por meio das falas dos professores, o presente exemplar manteve a neutralidade ao trazer também uma crítica daqueles que discordam da pronunciamento de Claudine Gay.

Em meio a tanto desgaste, em um momento que se faz necessário o diálogo e a abertura ao diferente, é necessário que a presidente da Universidade de Harvard, em clima diplomático, busque apoio político no Congresso dos Estados Unidos, onde a grande maioria dos membros republicanos pediram a renúncia da presidente após audiência que avaliou a postura ambígua de Claudine Gay diante das declarações antissemitas na universidade. A verdade é que a independência universitária e a liberdade de expressão encontra-se sob ameaças sem precedentes.

Sair da versão mobile