Com esse aporte, a Noruega se mantém como o principal doador do Fundo Amazônia, sendo o primeiro país a colaborar com a iniciativa. Desde 2008, a Noruega já destinou mais de R$ 3 bilhões para o fundo.
A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, pontuou que esse anúncio renova os compromissos da Noruega e reflete a confiança no governo brasileiro, especialmente no que diz respeito ao enfrentamento do desmatamento.
Além disso, durante a COP28, o Reino Unido também anunciou um aporte suplementar de aproximadamente R$ 215 milhões, totalizando R$ 500 milhões.
O Fundo Amazônia é considerado a maior iniciativa do mundo para a redução de emissões de gases do efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal. Gerido pelo BNDES, ele apoia projetos de monitoramento e combate ao desmatamento, bem como promove o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
O Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, sendo que metade dessas emissões é proveniente de desmatamentos e queimadas.
A cerimônia de anúncio contou com a presença do ministro do Clima e Meio Ambiente norueguês, Andreas Bjelland Erikssen, da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e do superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri.
A retomada do Fundo Amazônia em 2023, depois de quatro anos sem aportes e aprovação de projetos de conservação, foi marcada pela recomposição do Comitê Orientador do Fundo Amazônia.
Durante o governo Bolsonaro, ocorreu a extinção dos comitês responsáveis pela gestão dos recursos do Fundo Amazônia, o que inviabilizou o financiamento de projetos e a continuidade das doações. No entanto, em 2023, a União Europeia, a Dinamarca, a Alemanha, a Suíça, os Estados Unidos e a Petrobras também anunciaram doações para o fundo.
Além disso, a COP28 foi palco do lançamento do Restaura Amazônia, a maior chamada pública já realizada pelo Fundo Amazônia, que destina R$ 450 milhões a projetos de restauração ecológica de grandes áreas desmatadas ou degradadas em três macrorregiões.
Desde sua criação, em 2008, o Fundo Amazônia apoiou 106 projetos, beneficiando aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de terras indígenas e unidades de conservação. Com cerca de R$ 4 bilhões disponíveis para novos projetos, o fundo continua a desempenhar um papel fundamental na preservação da Amazônia. Informações sobre os projetos apoiados, doações e auditorias estão disponíveis no site oficial do Fundo Amazônia.