Presidente da Argentina nomeia irmã caçula como secretária-geral da Presidência, apesar de lei anti-nepotismo.

Em uma reviravolta surpreendente, o presidente da Argentina, Javier Milei, nomeou sua irmã caçula, Karina, para o cargo de secretária-geral da Presidência. Os críticos questionam a decisão, pois o novo líder ultradireitista modificou uma lei sobre nepotismo, assinada pelo ex-presidente Mauricio Macri, um dos seus principais aliados no novo governo. De acordo com a imprensa argentina, Karina terá a responsabilidade de gerenciar as atividades administrativas e operacionais dentro da Presidência, além de auxiliar o presidente na formulação de políticas públicas.

O presidente Milei defendeu a mudança na lei, afirmando que a Constituição lhe confere o direito de nomear quem quiser com base no princípio da idoneidade para o acesso aos cargos públicos. No entanto, anteriormente, ele havia indicado que Karina seria apenas uma assessora, sem um cargo formal na máquina pública. A nomeação de Karina como secretária-geral levantou questões sobre nepotismo e a possibilidade de quebra de regras.

Karina Milei, aos 2 anos mais nova que seu irmão, teve uma papel preponderante na trajetória meteórica do novo presidente eleito. Ela é tida como o cérebro cinzento por trás da carreira política de Javier Milei, atuando como sua estrategista de campanha e controlando suas relações públicas. A irmã mais nova do presidente já conseguia protagonismo como primeira-dama na posse do presidente, antes mesmo de ocupar formalmente o novo cargo. Karina se mantém em uma posição discreta e pouco é conhecido sobre ela.

Os dois cresceram em Villa Devoto, em Buenos Aires, e estudaram na mesma escola católica. Eles possuem um relacionamento muito próximo, e Karina se tornou a pessoa em quem o presidente mais confia, sendo a sua única companheira na infância e adolescência. Ela exerce um controle rigoroso em relação ao acesso de indivíduos ao presidente, sendo responsável por gerenciar suas questões financeiras.

Formada em relações públicas, Karina já administrou uma loja de pneus e influenciou na mudança de visual de seu irmão, além de controlar os acessos ao presidente e gerenciar sua agenda. Milei declarou que, sem a irmã, nada disso teria sido possível, enfatizando a importância de Karina em sua vida. A nomeação de Karina para o cargo de secretária-geral da Presidência tem gerado controvérsias e levantado questionamentos sobre os limites do nepotismo no governo argentino.

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