Presidente da Guiana declara que grandes petroleiras avançam agressivamente apesar das ameaças da Venezuela.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, fez declarações polêmicas nesta segunda-feira (11) sobre a tensão entre o país e a Venezuela por conta da disputa territorial na região de Essequibo. Segundo Ali, as grandes petroleiras que operam nas águas do país continuam avançando agressivamente, apesar das ameaças de Nicolás Maduro de assumir o controle da região.

De acordo com o presidente guianense, as tropas do país estão preparadas para se defender e garantir a integridade territorial, mesmo diante das ordens de Maduro para que as empresas deixem a área. Ali enfatizou que as petroleiras não se intimidaram com as ordens do líder venezuelano.

Ali afirmou ainda que a Guiana está do lado certo do direito internacional, da ética e da história, e que as empresas que operam no local continuam produzindo normalmente. A tensão entre Guiana e Venezuela aumentou após grandes descobertas de petróleo na região de Essequibo nos últimos anos.

Maduro ordenou a saída da petroleira americana ExxonMobil e de outras empresas da área em um prazo de três meses, o que gerou alerta em países como Brasil e nações latino-americanas sobre a possibilidade de um conflito armado na região. O líder venezuelano e Irfaan Ali têm um encontro marcado para esta quinta-feira (14) na tentativa de diminuir a tensão.

Além disso, a mediação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também entrou em cena nesse contexto. Lula foi convidado a intermediar as negociações entre Guiana e Venezuela, e a assessoria de imprensa do ex-presidente confirmou que ele conversou com Maduro sobre o assunto, pedindo que evite medidas unilaterais que possam aprofundar a crise.

Ali destacou a importância do apoio de Lula e ressaltou que o relacionamento entre Guiana e Brasil está beneficiando a construção de um porto de águas profundas na costa da Guiana, que reduzirá o tempo de transporte da produção para o Atlântico.

O presidente guianense reafirmou o compromisso do país em garantir a estabilidade da região e a integridade territorial, destacando a responsabilidade de explorar todos os caminhos para que a Venezuela reduza o nível de agressão e ameaça.

Dessa forma, a tensão entre Guiana e Venezuela continua a fazer manchetes internacionais e mobilizar esforços de negociação para evitar um conflito armado na região.

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