Bancos de fomento anunciam US$ 10 bilhões para integrar América do Sul durante Cúpula do Mercosul.

Durante a Cúpula do Mercosul, anunciou-se que os governos da América do Sul poderão contar com US$ 10 bilhões para projetos de infraestrutura que visam integrar o continente. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, revelou que esse montante será administrado em conjunto pelas instituições financeiras envolvidas.

Os recursos serão distribuídos da seguinte maneira: US$ 3,4 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 3 bilhões do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), US$ 3 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 600 milhões do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). É importante destacar que o dinheiro do BNDES será destinado apenas para obras em prefeituras e governos estaduais no Brasil.

A ministra também ressaltou que a maior parte dos projetos já está contemplada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que, para o Orçamento de 2024, não haverá custos extras, uma vez que os projetos de médio prazo já estão inseridos no Orçamento do PAC até 2027. Além disso, a prioridade será para os projetos em andamento, o que facilitará a execução das obras dentro do prazo, visto que os licenciamentos ambientais já estão concluídos e as licitações em curso.

Entre os principais eixos que serão contemplados com os investimentos, destacam-se: Ilha das Guianas, Manta-Manaus, Quadrante Rondon, Capricórnio e Porto-Alegre-Coquimbo. A secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do Ministério do Planejamento, Renata Amaral, afirmou que nos próximos meses será definido o funcionamento do fundo e que diversas reuniões ocorrerão para estruturar a governança.

É esperado que esse investimento proporcione benefícios significativos para o comércio exterior brasileiro, uma vez que as rotas comerciais terão um tempo de viagem reduzido, principalmente as que se conectam com a Ásia. A ministra também citou exemplos de anomalias atuais no comércio sul-americano devido à falta de integração entre os países, destacando a importância do investimento para corrigir esses problemas.

Dessa forma, a criação desse fundo de US$ 10 bilhões traz perspectivas positivas para a integração e o desenvolvimento da América do Sul, proporcionando ganhos significativos para o comércio exterior e a economia da região.

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