Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprova nomes para cargos de conselheiros no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou quatro nomes indicados pela Presidência da República para cargos de conselheiros no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os indicados ainda precisam ser votados no Plenário do Senado, que também analisará requerimento de urgência na tramitação.

Os relatórios dos indicados foram lidos na CAE na reunião da última terça-feira (5). Na ocasião, o presidente do colegiado, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), concedeu vista coletiva para a análise dos relatórios.

Entre os indicados está o procurador da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Diogo Thomson, que ocupa desde 2012 o cargo de superintendente-adjunto do Cade. Thomson é natural de São Paulo e integra a carreira da Advocacia-Geral da União desde 2004.

Outro procurador da PGFN aprovado foi José Levi Mello do Amaral Júnior, que atua desde 2000 como procurador da Fazenda Nacional e foi ministro-chefe da AGU, órgão da AGU, entre 2019 e 2020. Atualmente, também é professor na USP e no Centro Universitário de Brasília (Ceub).

A economista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Camila Cabral Pires Alves também foi aprovada para o cargo. Ela destacou o desafio do Cade em entender as especificidades de cada setor da economia ao promover a livre concorrência.

O consultor legislativo do Senado em direito econômico desde 2004, Carlos Jacques Vieira Gomes, completou a lista de indicados aprovados pela CAE.

Além disso, foram discutidas questões relacionadas à atuação do Cade. O procurador Diogo Thomson defendeu a aproximação do conselho com o Senado, destacando a importância do diálogo para promover a competição no mercado.

José Levi apontou instrumentos como o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) como forma de desafogar o Poder Judiciário, ressaltando que a atuação do Cade tem sido um fator importante de desjudicialização.

A atuação do Cade em casos que envolvem a concorrência internacional também foi tema de discussão na reunião. O consultor legislativo Carlos Jacques afirmou que a análise de cada caso parte do método adotado pelo Cade, e não da mudança da lei.

Se forem nomeados, os quatro candidatos comporão o Tribunal Administrativo do Cade, juntamente com outros dois conselheiros e um presidente. O tribunal é responsável por julgar infrações à ordem econômica e decidir sobre questões de concorrência comercial, entre outras atribuições.
O Cade foi criado em 1962 como um órgão do Ministério da Justiça e hoje é uma autarquia vinculada à pasta, regida pela Lei 12.529, de 2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

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