Guiana não descarta instalação de base militar dos EUA na América do Sul em meio a tensões com a Venezuela.

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, fez declarações polêmicas sobre a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos na América do Sul. Em meio à tensão com a Venezuela sobre o território contestado do Essequibo, Ali afirmou que fará o necessário para garantir a integridade territorial da Guiana.

Durante uma entrevista exclusiva à BBC News e BBC News Brasil, o líder guianense afirmou que não hesitará em tomar as medidas necessárias, com o apoio de parceiros bilaterais e internacionais, para proteger a segurança, integridade territorial e a soberania do país. A ameaça venezuelana de realizar um referendo sobre a anexação do território do Essequibo levou o governo guianense a considerar permitir a instalação de uma base permanente dos EUA na região.

O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, criticou o envolvimento americano na controvérsia sobre o território e contestou a competência da Corte Internacional de Justiça (CIJ) para decidir sobre o caso. As tensões entre Guiana e Venezuela aumentaram após o referendo realizado pelo governo chavista.

O vice-presidente guianense, Bharrat Jagdeo, afirmou que o país está disposto a proteger seu interesse nacional e considerar a possibilidade de instalação de bases militares estrangeiras. Representantes do Departamento de Estado dos EUA já visitaram o país para discutir possíveis opções de segurança para a região.

Outros países, como Reino Unido, França e Brasil, também manifestaram interesse em ajudar a manter a paz na região, de acordo com o presidente Ali. Maduro e Ali devem se encontrar em um encontro promovido pela Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC) e pela Comunidade do Caribe (CARICOM) em São Vicente e Granadinas.

Com a persistente tensão na região, a instalação de uma base militar dos EUA na América do Sul pode desencadear uma escalada ainda maior de conflitos e interferência de interesses estrangeiros na região. A situação é delicada e requer um equilíbrio diplomático e estratégico por parte dos países envolvidos. A manutenção da paz e da estabilidade na região deve ser prioridade, e as decisões devem ser tomadas de forma responsável e sustentável.

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