Líderes do Oriente Médio se opõem ao envio de tropas a Gaza para enfrentar Israel, em reunião no Catar.

Líderes do Oriente Médio se reuniram no Catar em busca de soluções para o futuro da Faixa de Gaza, com a única certeza de que se opõem ao envio de tropas ao território, onde as forças israelenses combatem o Hamas.

O fórum anual de Doha, que ocorreu no domingo (10) e na segunda-feira (11), foi marcado pela insistência do Catar de que nenhum país árabe enviaria forças armadas a Gaza para tentar estabilizar a situação após o fim da guerra que foi desencadeada em 7 de outubro, após o ataque de milicianos do Hamas em Israel. Além disso, a guerra entre Israel e o Hamas desencadeou protestos em massa em diversos países do mundo árabe.

Segundo o Estado hebreu, aproximadamente 1.200 pessoas, a maioria civis, morreram durante o conflito até o momento, enquanto o Hamas afirma que mais de 18.000 pessoas morreram em Gaza desde o início da ofensiva israelense.

Durante o encontro, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, afirmou que ninguém na região aceitaria enviar tropas para enfrentar um tanque israelense, considerando essa possibilidade como inaceitável. Al Thani também se opôs ao envio de uma força internacional a Gaza nas condições atuais.

Os palestinos foram representados pela Autoridade Palestina, que está no poder na Cisjordânia, enquanto a Faixa de Gaza é governada desde 2007 pelo Hamas. Apesar da rivalidade entre as facções palestinas, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, afirmou que o Hamas não poderia ser “aniquilado” da maneira que Israel deseja, destacando que o Hamas é parte integral do mosaico político palestino.

Já o primeiro-ministro jordaniano, Bisher Khasawneh, alertou que, caso o conflito não fosse enfrentado agora, ocorreriam “cenários ainda mais terríveis dentro de um ou dois anos”. Ele espera que a guerra sirva como um sinal de alerta para a região, especialmente devido ao risco de expansão do conflito.

No entanto, o fórum de Doha não resultou em nenhuma declaração ou medida concreta. A Arábia Saudita, o Líbano e o Egito não foram representados em alto nível no encontro.

É assim que as discussões entre as lideranças do Oriente Médio em relação à questão palestina continuam sem uma solução concreta à vista, enquanto o conflito entre Israel e o Hamas segue desencadeando mortes e destruição na região. As tensões permanecem altas e a busca por uma saída para a situação na Faixa de Gaza permanece como uma questão de extrema urgência para a comunidade internacional.

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