A crise social e econômica causada pela pandemia mostrou a importância do interesse público, independente de qualquer ideologia. Este cenário gerou um confronto entre os extremos que resultou em uma polarização prejudicial, mas também revelou a necessidade de buscar soluções que privilegiam o bem coletivo.
No campo da economia, a ética tem sido influenciada pela falta de comprometimento acadêmico com a filosofia aplicada às ciências econômicas. Isso tem gerado um conflito no qual o setor público tem sido exposto à negligência em detrimento de um mercado desregulado.
Neste sentido, o debate sobre a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido uma questão relevante. Durante a pandemia, o SUS se mostrou eficaz no atendimento clínico e na imunização da população, demonstrando sua importância e robustez em meio a uma crise de proporções significativas. Além disso, o papel do SUS na realização de transplantes de órgãos gratuitos é um exemplo de como um sistema de saúde pública pode beneficiar a população.
Apesar de suas falhas, o SUS tem sido capaz de oferecer serviços de qualidade a todos os cidadãos, independentemente de sua condição social. Esta abordagem tem sido essencial para garantir a igualdade de acesso aos serviços de saúde e demonstra a importância de uma política pública eficiente.
No entanto, o debate sobre a importância do SUS tem sido influenciado por ideologias extremas que muitas vezes não levam em consideração a necessidade de combater desigualdades e garantir o acesso equitativo aos serviços de saúde. O desafio é encontrar um equilíbrio entre o público e o privado, reconhecendo a importância de ambos em um sistema de saúde eficiente.
Portanto, a pandemia trouxe à tona a necessidade de repensar a ética na economia e a importância de políticas públicas eficazes para garantir o bem-estar da população. Este é um desafio que requer um comprometimento com valores fundamentais e uma abordagem mais humana na formulação de políticas públicas.