O encontro ocorreu no gabinete de Lula no Palácio do Planalto e teve a duração de duas horas e 20 minutos. Estavam presentes, além do presidente, os senadores e deputados envolvidos na questão, bem como o ministro dos Transportes e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, aliado de Renan Calheiros. A intenção da reunião era discutir as próximas medidas em relação ao desabamento e a criação de uma CPI no Senado sobre o assunto.
As divergências políticas ficaram evidentes durante a reunião, com o governador Paulo Dantas acusando o prefeito de Maceió, JHC, de mentir durante a discussão. O presidente Lula se mostrou surpreso com a interrupção de JHC e reforçou a gravidade do problema, pedindo serenidade para encontrar uma solução e destacando a união como elemento essencial para superar a crise.
A possibilidade de criação da CPI no Senado foi abordada, mas o presidente Lula deixou claro que o Planalto não é a favor. Além disso, Lula defendeu que brigas políticas não levarão a lugar nenhum e sugeriu que só irá a Maceió quando houver um anúncio sobre a solução do problema e os ânimos entre os grupos estiverem menos exaltados.
A reunião também abordou questões como o auxílio emergencial aos afetados, a construção de habitações e a negociação entre a prefeitura de Maceió e a Braskem. No entanto, as divergências entre os grupos políticos persistiram e deixaram claro o desafio em encontrar uma solução para a crise.
Mesmo com todas as dificuldades, o encontro não resultou em embates diretos entre os principais líderes políticos alagoanos presentes, Arthur Lira e Renan Calheiros, o que pode ser considerado um ponto positivo diante das tensões pré-existentes. O desfecho da reunião deixou claro que a solução para a crise na Braskem ainda está longe de ser encontrada e os desafios políticos continuam a complicar o cenário em torno do desabamento da mina em Maceió.