Além disso, um dos mitos mais comuns é pensar que todos fazem mais sexo que nós, o que cria uma pressão desnecessária para casais de todas as idades. No entanto, estudos apontam uma diminuição na frequência de relações sexuais nos últimos anos, especialmente entre jovens de 18 a 24 anos. A frequência dos encontros sexuais piorou após a pandemia para 16% dos entrevistados, segundo o Centro de Investigação Sociológica (CIS) de Espanha.
A fundadora do Centro Sexológico Borobil, Estela Buendía, indica que infelizmente vivemos em um contexto que prioriza a quantidade em detrimento da qualidade, o que gera frustração nas pessoas, principalmente nos casais mais jovens.
Além disso, terapeutas sexuais rejeitam o mito de que o sexo deve ser espontâneo e não pode ser programado, enfatizando a importância de planejar encontros sexuais e reservar um horário durante o dia para vivenciar o máximo de possibilidades daquele encontro. Os especialistas também desmistificam a ideia de que encontros sexuais se resumem à penetração, apontando para a importância de outras práticas e a necessidade de uma mudança de mentalidade para combater o machismo histórico.
Outra crença a ser erradicada é a de que os homens têm mais desejo sexual do que as mulheres, quando na verdade a variação do desejo é muito semelhante entre os dois grupos. As mulheres ainda enfrentam a pressão do machismo histórico, que historicamente permitiu aos homens expressar sua sexualidade, enquanto as mulheres tinham que parecer submissas.
Em relação à lubrificação, um erro comum é pensar que isso é sinônimo de excitação, quando na realidade é apenas um dos muitos fatores que influenciam. Além disso, a lubrificação não indica ou promove necessariamente interesse e motivação sexual, pois a excitação sexual vai além da fisiologia. Este é apenas um exemplo de como as crenças errôneas sobre a saúde sexual estão enraizadas na sociedade e contribuem para a falta de conhecimento sobre o tema.