Oferta Permanente de Petróleo da ANP atrai interesse de apenas uma empresa em leilão do pré-sal no Rio de Janeiro.

Na última quarta-feira (13), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu o 2º Ciclo da Oferta Permanente – Partilha, com a oferta de cinco blocos localizados no Polígono do Pré-Sal. Entretanto, apenas a multinacional britânica do petróleo BP Energy demonstrou interesse em participar do leilão. A empresa arrematou o Bloco Tupinambá por R$ 7,04 milhões, com um investimento previsto de R$ 360 milhões. O leilão ocorreu no Rio de Janeiro e teve a presença do diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia.

A baixa participação de empresas no leilão foi atribuída por Saboia à nova forma de analisar as áreas de exploração remanescentes na camada pré-sal. O diretor destacou que o polígono do pré-sal já não é mais visto como uma área extremamente vantajosa para a descoberta de reservas de petróleo, como era inicialmente. Além disso, a área do pré-sal implica em um contrato de partilha, em que a produção excedente é dividida entre a empresa e a União.

Em contraste, a realização do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, também pela ANP, resultou em arrecadação de R$ 421,7 milhões no leilão de 33 setores com blocos exploratórios. Foram arrematados 192 blocos, totalizando uma área de 47,1 mil quilômetros quadrados. A Petrobras foi uma das grandes vencedoras, adquirindo 29 blocos na Bacia de Pelotas, abrindo uma nova fronteira de exploração.

Os leilões fazem parte da oferta permanente, que é a principal modalidade de licitação de blocos de exploração de petróleo e gás natural. Com isso, as empresas têm a possibilidade de oferecer propostas continuamente, sem depender das rodadas de licitações tradicionais que seguem o calendário de interesse do governo. Esse modelo é especialmente atraente para pequenas e médias empresas, que têm mais tempo para estudar os dados técnicos das áreas antes de fazer uma oferta.

Desde o fim do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo no Brasil, em 1990, o país realizou 33 rodadas de licitações de campos de exploração, arrecadando mais de R$ 148 bilhões em bônus de assinatura. A produção de petróleo e condensado também teve um significativo crescimento, posicionando o Brasil como o nono maior produtor mundial.

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