O pai da criança, identificado como Ilias Olachegoun Adeniyi Adjafo Damala, de 30 anos, foi detido e encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Segundo as investigações, o homem teria se irritado com a filha por problemas na escola, causando agressões fatais que resultaram na morte da menina.
O delegado titular da Delegacia de Homicídios, Willians Pena, responsável pela investigação, afirmou que o crime se configura como um caso de tortura. O laudo de necropsia indicou que a criança apresentava sinais de espancamentos antigos, o que sugere que o pai a agredia há tempos. As investigações apontaram que o pai teria se irritado por um suposto furto cometido pela criança na escola, o que gerou o castigo cruel.
O suspeito, que permaneceu calado desde que foi preso em flagrante, terá que responder por homicídio qualificado por meio de tortura e, se condenado, poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão. No entanto, as autoridades continuam investigando o caso para esclarecer a motivação do crime, ouvindo pessoas próximas à criança, além de prestar atenção à negligência por parte da escola, que apresentava sinais antigos de agressão na vítima.
A mãe da menina, Adeyinka Shirley Vieira Lopes Rodrigues, também teve uma relação complicada com o pai de Alyassah, que já havia sido registrado por lesão corporal em 2015. O primo da mãe, Mário Undiga, afirmou que a menina, que costumava ser uma criança feliz e brincalhona, mudou completamente após passar a viver com o pai.
O pai da menina, natural de Benin, na África, chegou ao Brasil em 2014, e os dois dividiam a guarda da filha. No entanto, o caso continua a levantar muitas dúvidas que as autoridades tentarão esclarecer nos próximos dias.
Este terrível assassinato comoveu a comunidade de Niterói e deve ser investigado minuciosamente para que se faça justiça e para que casos como esses sejam evitados no futuro. A violência contra crianças não pode ser tolerada e medidas devem ser tomadas para proteger os mais vulneráveis em nossa sociedade.
