A Petrobras foi uma das grandes vencedoras do leilão, arrematando 29 blocos na Bacia de Pelotas, na região sul do país. A estatal formou consórcios com outras empresas, como a Shell e a chinesa CNOOC, e se comprometeu a pagar cerca de R$ 116 milhões em bônus de assinatura.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comemorou o desempenho da estatal, que alcançou 100% de aproveitamento, ou seja, levou todos os blocos que pretendia. Prates destacou a importância da Bacia de Pelotas como uma nova fronteira para a empresa.
Além da Petrobras, outras empresas também participaram do leilão, como a Chevron Brasil, que arrematou 15 blocos na Bacia de Pelotas. A novata Elysian, criada especificamente para participar do certame, surpreendeu ao arrematar mais de 100 blocos e se comprometer com cerca de R$ 12 milhões em bônus de assinatura.
O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, defendeu a realização do leilão, destacando a importância da exploração de petróleo para a economia nacional. Saboia ressaltou que a indústria do petróleo contribui para a arrecadação de recursos essenciais para a execução de políticas públicas, inclusive para financiar a transição energética.
No entanto, o leilão enfrentou oposição de instituições da sociedade civil ligadas a questões ambientais. O Instituto Arayara divulgou um relatório apontando que os blocos ofertados pela ANP ameaçavam territórios quilombolas, indígenas e unidades de conservação, resultando em seis ações civis públicas na Justiça Federal.
Após o sucesso do leilão, a ANP realizará o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP), que inclui blocos no Polígono do Pré-Sal, como Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade, Tupinambá e Turmalina.
O leilão sinaliza o interesse das empresas em investir na exploração de novas áreas de petróleo no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. A expectativa é que a descoberta de novos campos de petróleo possa impulsionar a indústria do setor e garantir a autossuficiência energética do Brasil para as próximas décadas.