Os números revelam que cinco desses jovens foram baleados em ações e operações policiais, resultando em duas mortes e três feridos. Além disso, quatro adolescentes foram vítimas de balas perdidas, causando um óbito e deixando três feridos. Isso por si só realça a complexidade e amplitude da violência armada na região. É chocante descobrir que sete adolescentes perderam suas vidas em suas próprias casas e um foi morto dentro de uma escola.
A análise dos dados apontou que 91% dos jovens foram vítimas de homicídios ou tentativas de homicídios, com 63 mortes e 28 feridos. Cinco deles foram alvejados em operações policiais, resultando em dois óbitos e três feridos. Ademais, dois adolescentes foram baleados durante roubos ou tentativas de roubo, resultando em um óbito e um ferido.
Os dados sobre a cor/raça dos adolescentes indicaram que a maioria das vítimas eram negras, totalizando 44 baleados, dos quais 40 perderam suas vidas. Por outro lado, apenas 10% das vítimas eram brancas, com nove mortes e um ferido. As estatísticas revelaram ainda que 92 das vítimas eram do gênero masculino, enquanto apenas oito delas eram do sexo feminino.
O mapeamento do Instituto Fogo Cruzado permitiu a identificação dos municípios com maior incidência de adolescentes baleados, com destaque para Recife, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragibe. Esses dados revelam a urgência de ações efetivas para combater a violência armada, protegendo a vida de adolescentes que estão sendo vitimados de forma alarmante.
Esses números nos convidam à reflexão e à responsabilidade coletiva em relação a esse grave problema social, que ceifa a vida de jovens e gera um impacto devastador em suas famílias e comunidades. É necessário que autoridades, entidades e a sociedade em geral se mobilizem para buscar soluções efetivas para essa realidade tão desoladora. A vida desses adolescentes está em jogo, e não podemos permanecer indiferentes diante de tamanha tragédia.