Recife atinge marca de 100 adolescentes vítimas da violência armada em 2023, aponta Instituto Fogo Cruzado

No último dia 9, a região metropolitana do Recife chegou a um número alarmante: 100 adolescentes vítimas da violência armada somente em 2023. Dentre esses jovens, 67 perderam suas vidas enquanto outros 33 ficaram feridos em decorrência de disparos de arma de fogo, de acordo com dados levantados pelo Instituto Fogo Cruzado. Vale ressaltar que em 2022, foi registrado um número semelhante em 2 de novembro, sinalizando a continuidade da problemática.

Os números revelam que cinco desses jovens foram baleados em ações e operações policiais, resultando em duas mortes e três feridos. Além disso, quatro adolescentes foram vítimas de balas perdidas, causando um óbito e deixando três feridos. Isso por si só realça a complexidade e amplitude da violência armada na região. É chocante descobrir que sete adolescentes perderam suas vidas em suas próprias casas e um foi morto dentro de uma escola.

A análise dos dados apontou que 91% dos jovens foram vítimas de homicídios ou tentativas de homicídios, com 63 mortes e 28 feridos. Cinco deles foram alvejados em operações policiais, resultando em dois óbitos e três feridos. Ademais, dois adolescentes foram baleados durante roubos ou tentativas de roubo, resultando em um óbito e um ferido.

Os dados sobre a cor/raça dos adolescentes indicaram que a maioria das vítimas eram negras, totalizando 44 baleados, dos quais 40 perderam suas vidas. Por outro lado, apenas 10% das vítimas eram brancas, com nove mortes e um ferido. As estatísticas revelaram ainda que 92 das vítimas eram do gênero masculino, enquanto apenas oito delas eram do sexo feminino.

O mapeamento do Instituto Fogo Cruzado permitiu a identificação dos municípios com maior incidência de adolescentes baleados, com destaque para Recife, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragibe. Esses dados revelam a urgência de ações efetivas para combater a violência armada, protegendo a vida de adolescentes que estão sendo vitimados de forma alarmante.

Esses números nos convidam à reflexão e à responsabilidade coletiva em relação a esse grave problema social, que ceifa a vida de jovens e gera um impacto devastador em suas famílias e comunidades. É necessário que autoridades, entidades e a sociedade em geral se mobilizem para buscar soluções efetivas para essa realidade tão desoladora. A vida desses adolescentes está em jogo, e não podemos permanecer indiferentes diante de tamanha tragédia.

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