Senador pede retirada da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre do programa de desestatização, argumentando prejuízos à população.

O senador Paulo Paim (PT-RS) usou a tribuna do Senado nesta quarta-feira (13) para pedir ao governo federal que retire a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) do Programa Nacional de Desestatização (PND). O programa prevê a transferência da companhia para a iniciativa privada. A Trensurb é uma empresa estatal federal que atua desde 1985, conectando a capital gaúcha a cidades dos Vales do Rio dos Sinos e Vale do Sapateiro, na região Metropolitana de Porto Alegre.

Durante seu discurso, o senador argumentou que a concessão da Trensurb ao setor privado não é necessária, uma vez que a empresa opera de forma eficiente. Ele citou que uma eventual privatização não traria ganhos operacionais e poderia trazer instabilidade, insegurança e problemas de gestão para o Rio Grande do Sul, semelhantes aos que ocorrem em regiões onde o transporte foi concedido ao setor privado.

Paim destacou que a Trensurb é responsável pelo transporte diário de 120 mil pessoas e possui infraestrutura e equipamentos capazes de transportar até 250 mil pessoas por dia, operando com energia limpa e renovável. Ele ressaltou que, mesmo privatizada, a empresa continuaria a depender de subsídios federais para operar, o que poderia resultar em um aumento catastrófico das tarifas para a população usuária.

O senador alertou que conceder a Trensurb ao setor privado não eliminaria a necessidade de manutenção dos subsídios federais. Ele argumentou que, mesmo privatizada, o governo federal continuaria a repassar recursos públicos, mas agora para uma empresa privada.

A empresa estatal federal tem sido alvo de debates e discussões sobre sua inclusão no PND, e o posicionamento do senador Paulo Paim sinaliza a oposição a essa medida, alertando para possíveis impactos negativos da privatização da Trensurb para a população e para o sistema de transporte público no estado do Rio Grande do Sul.

O pedido do senador ao governo federal reflete a preocupação com os efeitos potencialmente danosos da privatização da Trensurb, tanto em termos de qualidade do serviço prestado à população quanto na manutenção dos subsídios necessários para sua operação. Resta aguardar desdobramentos futuros em relação a essa questão.

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