Além disso, o ano de 2023 bateu recorde de mortos em comparação com todos os anos anteriores da série histórica. O número de mortos dentro de residências supera os registros de 2022, 2021, 2020 e 2019, representando uma preocupante escalada da violência doméstica na região.
Ao analisar a faixa etária das vítimas, identificou-se que a grande maioria (186) eram adultos, seguidos por sete adolescentes e dois idosos. Outros cinco não tiveram a idade revelada. Em relação à cor/raça, 66% das vítimas identificadas eram negras, enquanto 27 eram brancas. A distribuição das mortes dentro de casa mostrou que os homens foram maioria, com 171 vítimas, enquanto as mulheres tiveram que enfrentar não só a violência doméstica, mas também registros de feminicídio, com quatro vítimas no período.
Quanto à motivação das mortes, a maioria das vítimas (194) foram vítimas de homicídio, enquanto três foram vítimas em ações e operações policiais e uma foi atingida durante briga.
A divisão por municípios revela que Recife lidera o triste ranking, com 49 mortes, seguido por Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista e Olinda, todos com um número expressivo de vítimas.
Os dados recentes demonstram a urgência na implementação e fortalecimento de políticas públicas voltadas para a prevenção e combate à violência doméstica na região metropolitana do Recife. Os números alarmantes exigem uma resposta efetiva por parte das autoridades, a fim de proteger a população e garantir a segurança dentro das próprias residências.
