A análise do Ipea também apontou que entre aquelas com renda média-alta, a inflação manteve-se em 0,23%, e entre as pessoas com renda alta, a alta de preços passou de 0,55% para 0,58% no mesmo período.
O impacto inflacionário para as classes de renda mais baixas, em novembro, veio principalmente do grupo “alimentos e bebidas”, com aumento nos preços de produtos como arroz, feijão-preto, batata, cebola, carnes e aves e ovos. Além disso, os gastos com habitação também pressionaram o orçamento das famílias com renda mais baixa, principalmente devido ao aumento nas tarifas de energia elétrica.
Por outro lado, para as famílias de renda mais alta, o maior impacto da inflação no mês veio da alta nos preços das passagens aéreas e nos planos de saúde.
No acumulado de 12 meses, a inflação também cresceu de acordo com a faixa de renda, sendo 3,38% para renda muito baixa, 3,85% para baixa, 4,40% para média baixa, 4,93% para média, 5,24% para média-alta e 6,09% para alta.
Esses números são mensurados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Ipea utiliza esses dados para fazer a divisão da inflação por faixa de renda.
Esses dados demonstram a diferença significativa no impacto da inflação entre diferentes faixas de renda, refletindo as desigualdades socioeconômicas presentes no país.