Em pronunciamento realizado na tarde desta quinta-feira, a Ministra de Segurança Pública, Patricia Bullrich, afirmou que a liberdade depende da ordem, e que as vias públicas não poderão mais ser bloqueadas. Além disso, qualquer tentativa de bloqueio resultará em processos judiciais. Essas medidas de repressão contra os protestos têm gerado críticas por parte de líderes populares e organizações sindicais.
As novas regras têm foco na liberação dos espaços públicos, incluindo ruas, avenidas e estradas. A prática comum na Argentina de utilizar vias secundárias para desviar o trânsito em vias principais bloqueadas não será mais permitida. A Ministra Bullrich também deu destaque ao fato de que todos os envolvidos em bloqueios serão identificados e processados, enquanto os organizadores dos protestos terão que arcar com os custos relativos a estragos e ao uso das forças de segurança.
Desde o discurso de posse de Milei, já era esperada uma atuação mais dura em relação aos protestos nas ruas. Ele declarou que “aqueles que fecham as ruas não podem cobrar”, reforçando a intenção do governo de reprimir tais práticas. A liberação das vias públicas é vista como uma forma de evitar o uso de crianças e adolescentes como “escudos humanos” por parte dos manifestantes.
O discurso do governo tem gerado críticas de oposição, que classificam as medidas como repressoras e ofensivas contra os trabalhadores. Elas afirmam que, apesar dessas restrições, continuarão com os protestos. O próximo grande evento de manifestação em Buenos Aires, está marcado para a semana que vem e deve tratar das medidas de ajuste anunciadas pelo governo.
Portanto, os planos de Milei para restringir os protestos nas ruas têm gerado grande controvérsia na Argentina, em meio a um cenário de incertezas e reivindicações sociais. A implementação dessas medidas e a resposta dos manifestantes serão pontos de destaque nas próximas semanas.
