A quetamina, cetamina ou ketamina é uma substância com efeitos alucinógenos que vem sendo usada no tratamento de doenças mentais. A cetamina é um poderoso anestésico utilizado há mais de 50 anos, mas também é utilizada como droga recreativa ilícita por seu efeito psicodélicos.
Estudos em animais mostraram que a cetamina aumentou os níveis de certas substâncias químicas cerebrais, como a dopamina, em até 400%. Isso deu origem a investigações sobre o potencial terapêutico da droga contra doenças mentais, como depressão resistente e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, estudos recentes mostram que ela pode ser uma boa opção para pessoas com depressão resistente, aquela que não responde a tratamentos orais tradicionais.
O uso da quetamina apresenta riscos e exige supervisão médica em ambiente controlado, e é importante ressaltar que o paciente deve estar com os sinais vitais monitorados durante o procedimento.
No Brasil, clínicas já oferecem tratamentos com a substância para tratamento de doenças mentais, como depressão resistente. Este tratamento pode custar entre R$ 1.500 e R$ 2.000 por sessão, com a necessidade de seis a oito infusões.
Em razão dos riscos, é essencial que a administração da cetamina seja realizada em clínicas especializadas ou em ambiente hospitalar, e sob supervisão de um médico anestesista. O paciente deve ter os batimentos cardíacos acompanhados e a pressão arterial aferida a cada dez minutos.
A morte trágica de Matthew Perry por “efeitos agudos de quetamina” é um alerta para o uso responsável e supervisionado dessa substância, assim como para a importância do acompanhamento médico e da devida regulamentação e controle na utilização da mesma para fins terapêuticos.