Justiça americana anuncia devolução de 13 obras de arte ao Camboja, roubadas perto de templos monumentais de Angkor Wat e retidas pelo Metropolitan Museum of Art de Nova York.

A justiça americana anunciou na sexta-feira a devolução ao Camboja de 13 obras de arte da cultura Khmer que foram roubadas perto dos templos monumentais de Angkor Wat e que foram alvo do tráfico internacional até serem retidas pelo prestigiado Metropolitan Museum of Art de Nova York, o qual as devolveu “voluntariamente”.

O procurador federal de Manhattan, Damian Williams, informou em um comunicado de imprensa sobre a restituição de estátuas e esculturas procedentes da antiga capital Khmer Koh Ker, a 80 km de Angkor, incluindo a representação de uma deusa do século X e uma cabeça de Buda do século VII.

Williams informou que o MET “concordou voluntariamente em devolver as antiguidades” e que “o processo de restituição está em curso”. Em maio, o museu se comprometerá a devolver mais obras que estejam sob sua posse de forma ilegal.

A Justiça americana já havia devolvido 30 obras da cultura Khmer para Phnom Penh em agosto de 2022.

“Todas as peças devolvidas hoje estavam diretamente relacionadas ao tráfico ilícito e, particularmente, um homem chamado Douglas Latchford [que faleceu em 2020], um colecionador e comerciante de arte acusado [em Nova York] de dirigir uma vasta rede de tráfico de antiguidades do Sudeste Asiático em 2019”, especificou.

Estas obras e milhares de outras foram roubadas no final do século XX durante as guerras no Camboja na década de 1970.

A Procuradoria de Manhattan liderou uma importante campanha de restituição desde 2017: nos últimos dois anos, mais de 1.000 peças avaliadas em US$ 255 milhões (R$ 877 milhões na cotação atual) foram devolvidas a mais de 20 países.

A arte khmer é de grande importância histórica e cultural para o Camboja, sendo considerada um patrimônio valioso do país. A devolução dessas obras roubadas se tornou possível graças aos esforços das autoridades dos Estados Unidos em colaboração com o governo cambojano.

A expectativa é de que mais obras roubadas do Camboja e de outros países da região possam ser recuperadas e devolvidas às suas nações de origem, evidenciando a importância da cooperação internacional para combater o tráfico ilegal de arte e preservar o patrimônio cultural de diversas nações.

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