María Corina Machado descarta recorrer contra inabilitação para concorrer às eleições presidenciais de 2024 na Venezuela.

O prazo para os líderes da oposição na Venezuela recorrerem contra a inabilitação que os impede de concorrer às eleições presidenciais de 2024 está prestes a expirar nesta sexta-feira. Vencedora das primárias, María Corina Machado, da principal aliança opositora, descartou recorrer, alegando que não foi formalmente notificada sobre a inabilitação.

No entanto, em 30 de novembro, representantes do presidente Nicolás Maduro e da oposição anunciaram um mecanismo para aqueles que pretendem concorrer mas foram inabilitados. De acordo com o acordo assinado em Barbados, os candidatos que foram inabilitados devem comparecer entre 1 a 15 de dezembro ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para solicitar a revisão de seus casos.

Henrique Capriles, que desistiu das primárias devido à sanção imposta a ele em 2017, pediu que todos os inabilitados inconstitucional e ilegalmente recorram ao TSJ. No entanto, até o momento, ele não deu entrada no processo. Outros candidatos, como Daniel Ceballos, também recorreram ao TSJ. Daniel Ceballos, que ficou preso por quatro anos após ser acusado de incitar uma rebelião em protestos massivos contra Maduro, compareceu ao tribunal para solicitar a revisão de seu caso.

O governo e a oposição concordaram, em Barbados, com eleições presidenciais no segundo semestre de 2024. Como retorno, os Estados Unidos flexibilizaram por seis meses as sanções ao petróleo e gás impostas à Venezuela, mas condicionaram a definição de um procedimento para suspender as cassações.

Um dos temas polêmicos em relação às eleições é a disputa territorial centenária entre Venezuela e Guiana pelo Essequibo, uma área de 160 mil km² rica em petróleo. Enquanto o governo de Joe Biden apoia a Guiana, María Corina Machado teme que Maduro possa usar uma “escalada” entre os dois países para evitar as eleições.

Assim, o clima político na Venezuela se mantém tenso e incerto, com líderes da oposição enfrentando desafios legais para concorrer às eleições presidenciais de 2024. A atuação do TSJ e a definição das candidaturas criam expectativa sobre o desenrolar do processo eleitoral no país.

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