O incidente de tentativa de feminicídio e homicídio ocorreu na madrugada do dia 15 de novembro, quando Bruno invadiu o prédio onde a família de Karolyne mora, localizado no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
Conforme informações da polícia, Bruno arrombou a portaria do prédio e também quebrou a porta do apartamento dos familiares da sua ex-companheira, portando uma faca, pronto para consumar o crime.
O suspeito, que não aceitava o término do relacionamento conturbado, que chegou ao fim no dia 1º de novembro, após um relacionamento de dois anos e meio, já havia agredido a vítima anteriormente. No entanto, Karolyne nunca havia registrado um boletim de ocorrência. Segundo a polícia, os dois chegaram a morar juntos.
A delegada Ana Carolina Guerra, coordenadora da 2ª Delegacia da Mulher de Jaboatão, detalhou o crime, relatando que o pai da ex-companheira foi atacado pelo agressor com a coronhada e desmaiou. Em seguida, Bruno tentou esfaquear o homem no tórax, enquanto a ex-companheira e a mãe dela tentavam se defender, mas acabaram sofrendo múltiplos golpes de faca, incluindo no pescoço, na cabeça e nas proximidades do rosto.
“Foi uma luta incessante das duas contra ele dentro do apartamento para colocá-lo para fora ou tomar a faca, até o momento em que o pai tornou à consciência e foi ajudá-las. Bruno jogou a faca e fugiu”, acrescentou a delegada.
Além disso, a delegada informou que outras três mulheres com quem Bruno se relacionou fizeram boletins de ocorrência contra ele, pelo crime de agressão. Após a investigação conduzida pela Delegacia de Capturas, vinculada ao Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco), a polícia conseguiu localizar e prender o suspeito, que estava escondido em um bangalô alugado em Gravatá, onde se abastecia de comida há 15 dias.
Segundo o delegado Paulo Furtado, gestor da Dracco, Bruno não ofereceu resistência à abordagem e foi conduzido ao Cotel, em Abreu e Lima, onde permanece à disposição da Justiça.
“O imóvel era todo fechado. Ele não saía de lá. A todo tempo, tentou mostrar que não existia alguém ali e tinha o cuidado de ligar o ar condicionado um pouco mais tarde, para que ninguém percebesse que tinha esse aparelho ali”, destacou o delegado.
Esse caso chocante de tentativa de feminicídio expõe um grave problema que permeia muitos segmentos da sociedade. Ação policial eficaz e a ajuda das vítimas são cruciais para combater esse tipo de violência. A prisão do agressor é um passo importante para garantir a segurança de Karolyne e sua família e impedir que ele continue a causar danos a outras mulheres.
