O estresse, segundo a psicóloga Morán, pode dificultar a capacidade de experimentar prazer, e as relações sexuais são as primeiras a serem prejudicadas quando há desentendimentos ou atritos não resolvidos. Problemas físicos ou mentais e o desequilíbrio de desejo entre os parceiros também são fatores que podem impactar a vida sexual de um casal. A sexóloga relata que, em geral, ter ou não vontade de ter relações sexuais é uma consequência da combinação de vários elementos individuais e do relacionamento.
Em casos em que a não atividade sexual é consentida por ambos, os casais podem encontrar outras formas de fortalecer a intimidade. Criar uma base sólida para buscar outras formas de intimidade que não sejam apenas o sexo, como criar momentos e surpresas, é uma excelente estratégia, conforme aconselha a psicóloga e sexóloga Silvia Sanz. No entanto, os problemas surgem quando o desejo é assimétrico, ou seja, quando uma parte do casal deseja ter relações sexuais enquanto a outra não. Neste caso, Laura Morán avalia que a rejeição percebida pode causar problemas no relacionamento, tensionando o vínculo e diminuindo a autoestima.
Portanto, é possível manter um relacionamento de casal praticamente sem sexo, desde que seja uma escolha conjunta e que outras formas de intimidade sejam valorizadas. O diálogo e a cooperação, conforme indicado pelas especialistas, são essenciais para enfrentar os desafios que surgem quando a questão sexual se torna um conflito no relacionamento. E é importante ter em mente que a frequência da atividade sexual não define a qualidade de um relacionamento, e que as expectativas sociais sobre o sexo podem gerar ansiedade e estresse desnecessários para os casais. No final das contas, a intimidade emocional e a comunicação são os pilares que sustentam um relacionamento, independentemente da frequência das relações sexuais.