A segunda fase da Operação Mute, coordenada pelo Ministério da Justiça, foi realizada em 106 unidades prisionais dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 11 e 15 de janeiro. O trabalho envolveu 4.384 policiais penais e resultou na apreensão de 1.056 celulares, além da revista de 5.204 celas.
A operação, conduzida pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, é considerada a maior deste tipo já realizada no país, devido à quantidade de policiais penais estaduais e federais envolvidos, bem como o número de unidades prisionais atingidas. O objetivo principal é identificar e retirar celulares das unidades prisionais, como forma de combater a comunicação ilícita de facções criminosas e reduzir os índices de violência em nível nacional.
Na primeira fase da operação, foram apreendidos 1.166 celulares, além de um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista ocorreu em 68 penitenciárias, sendo que em 10 delas não foram encontrados celulares, o que sugere uma rotina de controle efetiva com revistas frequentes.
O ministro Flávio Dino utilizou as redes sociais para homenagear o trabalho integrado das forças policiais envolvidas na operação. A ação é considerada crucial no combate ao crime organizado que continua a agir mesmo estando atrás das grades. A apreensão de celulares é uma forma de enfraquecer o poder das facções criminosas e promover a segurança nas penitenciárias e em todo o país.