A decisão ainda precisa ser votada no conselho municipal no início de 2024. A justificativa do governo municipal para o projeto é a presença de problemas como barulho e criminalidade no Red Light District, atribuídos ao turismo de massa e à vida noturna intensa da região.
Por outro lado, a iniciativa tem enfrentado oposição de trabalhadoras do sexo que desejam continuar no Red Light District, bem como de moradores dos três locais pré-selecionados em fevereiro para abrigar o projeto. Diversas petições contrárias à construção do centro erótico reuniram milhares de assinaturas na internet, enquanto a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), localizada a cerca de 800 metros do Europaboulevard, também se manifestou contra a iniciativa.
O embate em torno do projeto se intensificou nos últimos meses, culminando em um impasse que divide opiniões e interesses na cidade holandesa. A discussão se estendeu para além das questões ligadas à segurança e ao bem-estar das trabalhadoras do sexo, envolvendo também considerações sobre o impacto nas áreas residenciais e na vida cotidiana dos moradores locais.
Apesar da decisão inicial das autoridades municipais, a conclusão do processo ainda está sujeita à votação do conselho municipal, o que deixa margem para possíveis alterações e contestações antes que as obras efetivamente comecem. A polêmica em torno da construção do centro erótico em Amsterdã permanece, assim, como uma questão em aberto, suscetível a múltiplos desdobramentos.