O “coração festivo” foi identificado pela primeira vez em 1978, pelo pesquisador americano Philip Ettinger, que observou que durante as festas de fim de ano, pacientes saudáveis podiam apresentar arritmia cardíaca, principalmente a fibrilação atrial. Um estudo publicado no periódico Circulation em 2004 apontou um aumento de 5% nas mortes por episódios relacionados ao sistema cardiovascular nesse período.
A principal causa da alteração cardíaca é o consumo de álcool, tanto entre pessoas que costumam beber quanto em quem abre uma exceção na época de Natal e Ano-Novo.
Pesquisadores portugueses recomendam que em caso de arritmias durante as festas de fim de ano, médicos analisem a possibilidade de HHS se o paciente estiver embriagado.
Além do consumo de álcool, outros fatores influenciam o surgimento de arritmias durante o fim de ano, como o consumo exagerado de cafeína, ingestão excessiva de comidas gordurosas e salgadas, e um aumento do estresse. O café pode acelerar o batimento cardíaco e causar desidratação, enquanto as comidas típicas da época, se consumidas em excesso, podem sobrecarregar a digestão e dificultar o funcionamento do coração.
Pessoas com problemas cardíacos prévios têm maiores riscos de complicação em caso de HHS, mas indivíduos saudáveis que experimentem episódios da síndrome podem ter a arritmia estabilizada com bloqueadores beta-adrenérgicos e outros medicamentos que reduzem os batimentos.
Cardiologistas recomendam a moderação no consumo de comida e bebida para evitar problemas durante o fim de ano, principalmente para pessoas que têm hipertensão, colesterol alto, diabetes e cardiopatias. É importante estar atento aos sinais do corpo e buscar ajuda médica caso haja desconforto ou sintomas de arritmia.
Portanto, é essencial ter um cuidado extra com a saúde do coração durante as festas de fim de ano, evitando excessos e mantendo uma alimentação equilibrada para garantir um período festivo sem complicações para o coração.
