EUA enfrentam dificuldades para conter rebeldes houthis no Iêmen em meio a disputas entre aliados árabes

Recentemente, os Estados Unidos vêm enfrentando dificuldades em seus esforços para conter os rebeldes houthis no Iêmen, principalmente devido a atritos entre os aliados árabes de Washington. Tudo isso ocorre em meio a ataques dos houthis contra navios em uma das mais importantes rotas marítimas do planeta, o que tem abalado os mercados de navegação e elevado os preços do petróleo.

A longa guerra civil iemenita envolve facções apoiadas por atores cruciais como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, que apoiam facções rivais contra os houthis e têm ideias diferentes sobre como lidar com eles. Essas divergências estão complicando os esforços dos Estados Unidos para criar uma resposta coesa ao grupo, que é apoiado pelo Irã.

Os ataques dos houthis são realizados em apoio ao Hamas em sua guerra contra Israel, o que tem impactado diretamente a economia global. Os navios dos EUA e do Reino Unido, inclusive, derrubaram 15 drones lançados de áreas controladas pelos houthis no Iêmen. Washington considera ações militares contra os houthis, mas a opção no governo americano ainda é a diplomacia.

Nesse sentido, a Casa Branca está se comunicando com os houthis através de Omã e outros intermediários, pedindo que parem com os ataques. Os Emirados Árabes desejam uma ação militar e que os EUA reclassifiquem os houthis como “terroristas”, enquanto os sauditas apoiam uma abordagem mais comedida, com medo de que qualquer tipo de beligerância possa provocar os houthis para que sejam mais agressivos.

Além disso, os houthis têm se mostrado capazes de paralisar ou danificar infraestruturas cruciais na Arábia Saudita e Emirados, o que resultou em uma considerável pressão para que Washington tome ações mais robustas. Essa tensão e os conflitos na região podem levar os mercados a precificar os riscos geopolíticos.

Além disso, os ataques dos houthis contra navios têm preocupado as empresas de navegação, elevando os preços dos seguros e forçando empresas a interromper viagens pelo Mar Vermelho, afetando diretamente o comércio internacional. Isso resultou em uma possível mudança de rota para os navios, adicionando milhares de quilômetros às viagens entre Ásia e Europa.

Com a escalada dos conflitos e a falta de consenso entre os aliados árabes de Washington, a situação permanece tensa e incerta, com impactos significativos para a economia global.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo