Este infeliz episódio ressalta a gravidade da luta que os líderes indígenas enfrentam contra o avanço do tráfico de drogas que opera em seus territórios. Herlin Odicio, líder indígena, reforçou a resistência dos líderes indígenas e evidenciou a vulnerabilidade dessas populações diante da ação de grupos criminosos. Os ataques contra ativistas ambientais têm se multiplicado nos últimos anos em áreas amazônicas do Peru, devido à quase inexistente presença das autoridades nacionais.
Esse não é um caso isolado. Em novembro, Quinto Inuma, também ativista ambiental indígena, foi assassinado por se opor aos madeireiros ilegais. Lamentavelmente, segundo a Coordenadora Nacional de Direitos Humanos, pelo menos 30 ambientalistas e líderes sociais foram mortos a tiros desde 2020, início da pandemia de covid-19. Esses eventos trazem à tona a necessidade de proteção e reconhecimento dos direitos das comunidades indígenas na Amazônia.
O assassinato de Benjamín Flores Ríos, assim como os outros casos, representa um duro golpe para a luta pelos direitos das comunidades indígenas e pelo meio ambiente na região amazônica do Peru. A necessidade de proteção das comunidades indígenas e da preservação da Amazônia se torna ainda mais urgente diante da evidente fragilidade das autoridades em lidar com essa situação.
Esses crimes devem ser investigados com rigor e os responsáveis, levados à justiça. A proteção dos líderes indígenas e ativistas ambientais se coloca como uma prioridade absoluta para garantir a preservação da Amazônia e a segurança dessas importantes comunidades.